Bill Gates rejeitou, esta quinta-feira, todas as teorias da conspiração difundidas nas redes sociais que o responsabilizam pela pandemia de covid-19. "É uma má combinação de pandemia, redes sociais e pessoas à procura de explicações simples", disse o milionário norte-americano à CNN.
Desde o início da pandemia, as equipas de "verificação de factos" da agência de notícias France-Press (AFP) têm vindo a comprovar a falsidade de dezenas de rumores o milionário norte-americano. Há fotografias manipuladas, artigos da imprensa que são falsos e um vídeo que acusa Bill Gates de querer "eliminar 15% da população" através da vacinação da população, que já foi visto milhões de vezes no YouTube.
A porta-voz do Parlamento Europeu, Delphine Colard, contou, em maio, que uma rádio belga difundiu teorias segundo as quais a pandemia foi criada por Bill Gates "para implantar ‘microships’ e controlar a população". No mês anterior, em várias publicações que se tornaram virais na África Ocidental podia ler-se que sete crianças tinham morrido no Senegal após terem recebido a “vacina Bill Gates”. Há ainda outras teorias que defendem que Gates foi questionado pelo FBI por "terrorismo biológico" e outras que acusam o fundador da Microsoft de explorar a crise para "controlar as pessoas".
"A nossa fundação deu mais dinheiro do que qualquer outro grupo para comprar vacinas que salvam vidas", disse o milionário à estação televisiva. Bill Gates doou cerca de 215 milhões de euros no combate à pandemia e a sua fundação investiu, nos últimos 20 anos, milhares de milhões de dólares no desenvolvimento de sistemas de saúde nos países mais pobres.
"Acredito profundamente que a verdade será reconhecida", acrescentou.