O ex-primeiro-ministro da Malásia Najib Razak foi condenado a 12 anos de prisão depois de ter sido considerado culpado de sete acusações de corrupção.
Estas queixas estão ligadas com o escândalo relacionado com o fundo de investimento 1MDB, com o ex-primeiro-ministro e cúmplices a serem acusados de gastarem dinheiro do fundo de investimento 1Malaysia Development Bank (1MDB), criado para o desenvolvimento económico da Malásia, numa fraude de vários milhares de milhões de dólares com ramificações por todo o mundo.
“Após o exame de todas as provas neste processo, considero que o Ministério Público foi bem-sucedido na apresentação do dossiê”, declarou o juiz do tribunal superior de Kuala Lumpur Mohamad Nazlan Ghazali.
Um dos poucos líderes do Sudeste asiático a serem processados após perderem o cargo, o ex-primeiro-ministro malaio, de 67 anos, enfrenta cinco casos criminais que cobrem 42 acusações de quebra de confiança, corrupção, abuso de poder e branqueamento de capitais relacionados com o fundo 1MDB.
Najib declarou-se inocente das acusações de quebra de confiança, lavagem de dinheiro e abuso de poder.
O primeiro julgamento começou em abril de 2019, com sete acusações relacionadas com uma transferência de 42 milhões de ringuites (cerca de nove milhões de euros) para as contas de Najib Razak na SRC International, antiga subsidiária do 1MDB, entre 2011 e 2015.
Najib Razak criou o fundo estatal 1MDB quando assumiu o poder, em 2009, para promover o desenvolvimento económico do país, mas o fundo acumulou vários milhões em dívidas e está a ser investigado nos Estados Unidos e em vários outros países por alegado desvio de verbas e branqueamento de capitais.
O escândalo levou à derrota da coligação governamental de Najib Razak nas eleições de 9 de maio de 2018, na primeira mudança de poder desde que a Malásia conquistou a independência do Reino Unido, em 1957. Najib Razak chefiava o Governo malaio desde 2009.
O antigo dirigente está no centro de três processos distintos ligados ao fundo 1MDB. O segundo julgamento vai concentrar-se no alegado abuso de poder e no branqueamento de 2,3 mil milhões de ringuites (cerca de 500 milhões de euros).