O presidente do Governo regional da Catalunha pediu, esta terça-feira, que o Rei Filipe VI abdique e que, em 48 horas, haja uma sessão plenária extraordinária de forma a estabelecer uma “posição comum” sobre a “crise aberta da monarquia”.
O líder da Generalitat afirmou, durante a última sessão plenária antes das férias de verão, que Juan Carlos realizou uma “fuga tolerada” e instou o Governo de Pedro Sanchéz a explicar se "ocultou a saída de um possível corrupto para o estrangeiro", esclarecendo que, a seu ver, isso "comprometeria seriamente a democracia espanhola".
No dia seguinte à saída de Juan Carlos de Espanha ter sido anunciada pela Casa Real espanhola, Quim Torra afirmou ainda que este é "um caso que deveria envergonhar qualquer democrata" e que "põe em causa o compromisso do Governo espanhol, já para não falar do de Felipe VI, na luta contra a corrupção e a responsabilização".
"O regime de Bourbon, restabelecido em 1978, está acabado", afirmou, exigindo ainda "responsabilidades ao Governo espanhol, por ter permitido, facilitado e aplaudido a fuga de uma pessoa cheia de privilégios, que está a ser investigada por um grande caso de corrupção