Parece que, de 5524 passageiros controlados pelas autoridades nacionais nos aeroportos portugueses, 155 se recusaram a fazer os testes ao Covid 19.
E embora os juristas consultados pelos jornais considerem fácil serem acusados de desobediência, já quanto à propagação de doença contagiosa (outra acusação a que estão sujeitos e de que são ameaçados no caso de não fazerem o teste num determinado prazo curto) parece ser mais difícil condená-los e arranjar provas concludentes – segundo as mesmas fontes.
Mas o perigo desses caramelos é precisamente esse: o de propagarem a doença. Quanto à desobediência às autoridades, embora possa ser importante para o funcionamento das ditas autoridades, a maioria das pessoas borrifa-se.
O importante é saber se as autoridades nacionais estão realmente empenhadas em perseguir este género de gentalha, como pareciam estar as açorianas e madeirenses, ou se não. Se sim, porque não arranjam rapidamente legislação que impeça o perigo de fugir com o rabo à seringa? E disfarcem ao menos, não dando a entender que querem de qualquer maneira os turistas de terras muito contaminadas, sem fazerem nada para que eles venham para cá contaminar, ou para defenderem a população portuguesa. Em que ficamos?