Christian Brueckner, o suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, terá sido visto com “um homem loiro” em 2017, na noite em que foi detido pelas autoridades portuguesas depois de se ter exibido a quatro crianças num parque. Segundo o jornal britânico The Mirror, o alemão de 43 anos foi visto nessa noite na companhia de um outro homem de estatura similar à sua. Os dois estariam num festival em São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, tendo seguido depois para um parque infantil. Já nesse local, Christian Brueckner escondeu-se debaixo de um escorrega e colocou as calças pelos joelhos. Um polícia deu conta da situação e “as testemunhas disseram que um segundo homem fugiu do local”, escreveu o Mirror, acrescentando que o caso acabou por ser arquivado.
O mesmo jornal escreve ainda que as descrições feitas de Christian Brueckner e da pessoa que estava consigo são idênticas às descrições ouvidas no âmbito do desaparecimento de Maddie, dez anos antes, em 2007. Relativamente ao desaparecimento de Maddie, as testemunhas que estavam fora dos apartamentos da praia da Luz dizem ter visto dois homens loiros nas imediações – um com os olhos azuis e outro com os olhos verdes.
No início de junho, foi confirmado que o Ministério Público de Brunsvique, na Alemanha, estava a investigar Christian Brückner por suspeitas de ter matado Madeleine McCann. O alemão tem antecedentes criminais de pedofilia e, na altura do desaparecimento de Maddie, morava a alguns quilómetros do hotel de onde a criança britânica desapareceu, perto da praia da Luz. O suspeito terá vivido em Portugal durante onze anos – entre 1996 e 2007.
Durante esta investigação, o MP de Brunsvique considerou sempre que Maddie está morta. “Gostava de começar por dizer que na investigação do desaparecimento da criança britânica Madeleine McCann, com 3 anos, da Praia da Luz, no Algarve, assumimos que a menina está morta”, afirmou, na altura, Christian Wolters, procurador e porta-voz, durante uma declaração à imprensa.
Já no final de julho, as autoridades alemãs encontraram um balde azul, uma lona, um saco de roupa suja, uma mochila, sacos de pedras, vasos de plantas e algumas tábuas de madeira durante as buscas a uma cave secreta na cidade de Hanôver, na Alemanha, junto à antiga casa de Christian Brückner. “Cavou um grande buraco. Tinha três metros de profundidade e seis de largura. Tirou as pedras e a terra com a mão e atirou-as para a frente do barracão. Colocou tábuas de madeira por cima do buraco. Levou dois meses para o concluir. Começava de manhã e trabalhava até à noite”, contou um antigo vizinho do suspeito ao Daily Mail.