Polícias britânicos investigados pela morte de português não vão ser acusados

André Moura morreu quando estava sob custódia policial e foi aberto um inquérito, mas a procuradoria considera que não há elementos suficientes para avançar com a acusação contra os cinco agentes britânicos.

Cinco agentes da polícia de Manchester que estavam a ser investigados pela morte de um português não vão ser submetidos a qualquer ação penal, anunciou a procuradoria britânica.

A chefe do departamento que investigou o caso, Jenny Hopkins, declarou que depois de considerar todos os indícios disponíveis, “o critério jurídico para a acusação não foi preenchido”.

André Moura, de 30 anos, morreu na madrugada de 7 de julho de 2018 no hospital de Tameside depois de ter sido detido à porta da sua casa por alegados distúrbios domésticos. Por ter morrido sob custodia policial foi aberta uma investigação aos cinco agentes presentes durante a sua detenção.

Imagens de um vídeo, filmado por telemóvel e publicado pelo jornal local Manchester Evening News, mostram a indignação de um vizinho, Barry Lee Martin, quando os polícias usam o joelho para imobilizar o jovem português. A polícia usou ainda gás pimenta por André Moura ter tentado resistir à detenção.

Uma primeira autópsia não encontrou as causas da morte e, por isso, vão ser feitos mais testes. O português deixa quatro filhas.