Henrique Barros, presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, apresentou, esta segunda-feira na primeira reunião aberta sobre covid-19 entre peritos e decisores políticos, o estudo de caso-controlo, anunciado há um mês pelo ministra da Saúde e que está agora pronto para começar. O responsável adiantou que os resultados devem estar disponíveis dentro de um prazo máximo de três semanas.
O estudo passa pelo inquérito de pelo menos 1000 pessoas que contraíram a infeção e 1000 controlos, indivíduos com características idênticas que não foram infetados. Ao fazer estudo, Portugal será um dos primeiros países a identificar “hotspots” de transmissão da doença, antevê o responsável. Henrique Barros sublinha que irá responder a "questões pragmáticas" como onde existe maior risco de contrair a infeção, nomeadamente qual o peso de transportes, espaços comerciais ou escolas. “Onde há o maior risco de se infetar, nos transportes, nos espaços comerciais que frequentamos, nas escolas. A capacidade de responder a estas perguntas é determinante para adotar medidas preventivas.”
Os questionários demoram cerca de 40 minutos e serão feitos por telefone 20 entrevistadores treinados para o efeito.
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