Delegada de Saúde defende que cerimónias do 13 de Outubro em Fátima devem ocorrer “sem peregrinos”

“Cerimónias, sim, mas sem peregrinos”, defendeu a responsável.

A delegada de Saúde Pública do Médio Tejo defendeu, esta quinta-feira, que as cerimónias religiosas do 13 de Outubro no Santuário de Fátima devem decorrer sem a presença de peregrinos, tal como aconteceu no 13 de Maio.

"A minha posição é a posição que a Igreja adotou para o 13 de maio", disse Maria dos Anjos Esperança, coordenadora da Unidade de Saúde Pública (USP) do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, em declarações à agência Lusa.

"Cerimónias, sim, mas sem peregrinos", defendeu a responsável. "A Igreja que tão bem esteve no 13 de Maio, fazendo a transmissão das cerimónias para que todos as pudessem acompanhar, acho que agora em outubro, para bem da população, para bem de todos, poderia também adotar essa postura. Eu sou dessa opinião", acrescentou.

A delegada de Saúde Pública do Médio Tejo elogiou o comportamento da população durante o 13 de Maio, que “compreendeu perfeitamente a situação” que o país enfrenta e não se deslocou a Fátima.

"Com os aumentos do número de casos que tem havido ultimamente, não só no país como em muitos outros países da Europa, eu sou da opinião que cerimónias em Fátima sim, mas sem peregrinos", disse.

Recorde-se que no passado domingo, 13 de setembro, o Santuário de Fátima atingiu a lotação máxima permitida no contexto da pandemia. A peregrinação do 13 de Outubro em Fátima vai poder realizar-se, mas ainda não há uma decisão sobre a lotação máxima no santuário. Esta quarta-feira, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, explicou que as autoridades de saúde ainda não deram nenhum parecer sobre a quantidade máxima de pessoas que poderão estar presentes no para a peregrinação de 13 de outubro e considera que não possa haver 55 mil pessoas dentro do recinto com o número de casos a aumentar no país.