O incêndio que deflagrou no dia 13 de setembro em Proença-a-Nova devastou 16 mil hectares e, segundo os técnicos no terreno, os prejuízos ultrapassam já os sete milhões de euros em danos florestais, agrícolas, ambientais, ao nível das infraestruturas e recursos hídricos. O valor ainda é provisório, pois ainda não foi feito o levantamento de todos os estragos entre Oleiros e Castelo Branco, explicou a Câmara Municipal de Proença-a-Nova em comunicado enviado à agência Lusa.
O presidente da Câmara, João Lobo, citado na nota de imprensa, garante que já reivindicou a existência de um apoio para os pequenos agricultores através do Ministério da Agricultura, junto do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. “Não podemos voltar com as mesmas soluções e esperar resultados diferentes. Temos de ter soluções diferentes", disse.
João Lobo apontou ainda que é necessário definir uma gestão profissionalizada da floresta dizendo que “os privados continuarão a ser proprietários, mas vão ter que perder a capacidade de gestão quando não contribuem para uma floresta ordenada e segura”. O autarca deu destaque à importância de limpar as florestas, salientando ainda que a obrigatoriedade de limpeza das faixas de gestão de combustível junto dos aglomerados florestais também pode ter ajudado a que o incêndio não se alastrasse mais em algumas aldeias.
"Precisamos organizar as forças que temos no território e que fora da época dos incêndios exerçam outras funções na defesa da floresta", acrescentou João Lobo, referindo-se à importância na organização dos bombeiros no combate aos incêndios.