O primeiro-ministro britânico pediu desculpa, esta terça-feira, por se ter enganado quando referiu quais as restrições em vigor no nordeste de Inglaterra para travar a pandemia covid-19. O engano de Boris Johnson só veio intensificar as críticas à falta de clareza das regras.
"Peço desculpa, eu enganei-me hoje", escreveu no Twitter, esclarecendo que afinal naquela região as pessoas estão proibidas de socializar com pessoas de agregados familiares que não o seu em espaços interiores – incluindo a própria casa, bares e restaurantes – e que devem evitar fazê-lo em espaços ao ar livre.
Apologies, I misspoke today.
In the North East, new rules mean you cannot meet people from different households in social settings indoors, including in pubs, restaurants and your home. You should also avoid socialising with other households outside. (1/2)
— Boris Johnson (@BorisJohnson) September 29, 2020
"Isto é essencial para controlar a transmissão do coronavírus e manter a segurança de todos", acrescentou.
Recorde-se que este pedido de desculpa e correção de informação, surge poucas horas depois de, durante uma conferência de imprensa em Exeter, no sudoeste de Inglaterra, o primeiro-ministro ter dado uma resposta confusa sobre as regras impostas no nordeste do país.
"No nordeste e em outras áreas onde medidas adicionais foram introduzidas, devem seguir a orientação das autoridades locais, mas são seis numa casa, seis na restauração, mas pelo que entendi, não seis fora", disse na conferencia de imprensa.
Boris Johnson referia-se à regra que proíbe ajuntamentos de mais de seis pessoas em espaços interiores ou ao ar livre, mas que permite a socialização de pessoas de agregados familiares diferentes, no entanto esta regra aplica-se em grande parte do território, mas não ao nordeste de Inglaterra.
A líder adjunta do Partido Trabalhista, Angela Rayner, reagiu logo ao engano do chefe de Governo e considerou o lapso um sinal de "incompetência grave".
"Estas novas restrições vão entrar em vigor em grandes partes do país esta noite. O Governo precisa de saber o que faz", sublinhou.