A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, esteve, esta quarta-feira, no Parlamento, na comissão conjunta da Saúde e Trabalho e Segurança Social, no âmbito de um requerimento do CDS-PP sobre os vários surtos que, desde o início da pandemia, se registaram em lares de idosos.
Um dos temas abordados foi a gestão do surto no Lar de Reguengos de Monsaraz, que infetou 80 utentes e 26 funcionários, uma das situações mais graves neste tipo de instituição registada desde o início da pandemia. Graça Freitas afirmou que "não houve inação" e que todos os envolvidos na situação, como membros das Forças Armadas, médicos de Medicina Geral e Familiar dos agrupamentos de centros de saúde e profissionais de saúde do lar e do Hospital de Évora, "deram o seu melhor".
A situação no lar de Reguengos levou à abertura de um inquérito judicial e a uma investigação da Ordem dos Médicos concluiu que a instituição não cumpriu com as normas da Direção-Geral da Saúde para evitar a propagação do novo coronavírus.
A diretora-geral da Saúde disse ainda que existem 51 surtos ativos em lares por todo o país. 10 situam-se no Norte do país, dois na Região Centro, 35 em Lisboa e Vale do Tejo, três no Alentejo e outros três no Algarve.
No total, registaram-se 302 surtos em todo o país: 123 na Região Norte, 33 no Centro, 106 em Lisboa e Vale do Tejo, 17 no Alentejo e 23 no Algarve, revelou ainda Graça Freitas. "Estão todos tipificados. Sabemos onde estão e como aconteceu, se foi numa festa de casamento, num restaurante ou numa peregrinação, e também quem são os contactos próximos", disse Graça Freitas, explicando que só ao fim de 28 dias sem casos novos é que as autoridades dão os surtos por resolvidos