Entre janeiro e julho deste ano, foram registados 54 crimes por cultivo de canábis, apenas menos dez crimes do que durante os 12 meses de 2019, que terminou com o registo de 64 crimes. Segundo os dados enviados ao SOL pela GNR, Faro foi o distrito que registou mais crimes. Até julho, foram contabilizados 10 crimes por cultivo de canábis em Faro, uma subida relativamente ao ano anterior, já que durante todo o ano de 2019 foram apenas registados três crimes deste tipo naquele distrito. Logo a seguir, a GNR registou seis crimes nos distritos de Setúbal e Leiria nos primeiros sete meses do ano. O ano de 2015 foi o que registou mais crimes nos últimos cinco anos – 107. A partir desse ano, os crimes registados não foram além dos 83, valor que foi registado em 2018.
Além do número de crimes, Faro regista também o maior número de detidos, tendo a GNR detido seis pessoas naquele distrito. A nível nacional, foram detidas 19 pessoas por cultivo de canábis.
A somar a estes dados, a GNR apreendeu há duas semanas cerca de 23 mil pés de canábis no concelho de Almeirim, em Santarém, o equivalente a 14 toneladas. Esta apreensão foi, segundo o Comando Territorial de Santarém, a «maior alguma vez feita em Portugal e uma das maiores na Europa». Já esta semana, a GNR avançou que foi apreendida uma plantação de canábis no anexo de uma residência, em Guimarães. O responsável, um homem de 61 anos, foi constituído arguido. Em Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, a GNR apreendeu também esta semana 11 plantas de canábis com cerca de dois metros de altura. A propósito das detenções e dos registos de crimes por cultivo de canábis, a GNR explicou que os «locais das plantações são diversificados» e encontram-se pés de canábis no interior ou no exterior de edifícios, como marquises, sótão, caves, anexos de residências, ou áreas rurais. A maioria das detenções e das apreensões acontece depois de denúncias anónimas, flagrante delito e de cumprimento de mandado de captura.
{relacionados}