Os incêndios na Califórnia já devastaram mais de 1,6 milhões de hectares de território, mais do dobro do recorde anterior, o equivalente a mais de cinco vezes a área metropolitana de Lisboa. “É incomensurável, confunde a mente, tira-te o fôlego”, desabafou Scott McLean, porta-voz do departamento de florestas e incêndios. “E esses números só vão aumentar”, avisou.
Só desde agosto, houve mais de 8200 fogos florestais na Califórnia, boa parte iniciados por trovoadas secas, matando pelo menos 32 pessoas, destruindo mais de 8 mil edifícios e devastando a histórica região vinícola do estado, o vale de Napa, de onde vêm alguns dos melhores vinhos norte-americanos. Face à escala dos incêndios, que é associada ao aquecimento global, mesmo as cidades californianas mais distantes dos fogos viram-se envolvidas em fumo e cinzas.
Mesmo com uns 17 mil bombeiros em campo, a tragédia não mostra sinais de abrandamento. Contudo, aguarda-se ansiosamente pelas chuvas previstas pelos meteorologistas para o início desta semana. Pelo meio, felizmente falharam as previsões de ventos fortes, que arriscavam aumentar ainda mais os incêndios.