Taxa de ocupação caiu quase 40% em setembro no Algarve

Dados da AHETA revelam que o mercado britânico foi o que mais contribuiu para a queda registada.

A pandemia de covid-19 veio trazer sérios problemas ao setor do turismo e, apesar de ter vindo a recuperar nos últimos meses – como comprovam os dados do Instituto Nacional de Estatística – os valores ainda estão muito longe dos alcançados no ano passado. O Algarve é prova disso. Segundo a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a taxa de ocupação global média/quarto, no passado mês de setembro, foi 52,5%, um valor que é 39,9% abaixo do valor registado em 2019.

O mercado que mais contribuiu para esta quebra foi o britânico que registou uma descida de 68,3% em termos homólogos. Mas não foi o único. Também os mercados irlandês e alemão ajudaram à descida dos valores.
Segundo a associação liderada por Elidérico Viegas, o mercado nacional foi o único a apresentar uma subida, (+36%), tendo representado 49,5% do total das dormidas.

Também o volume de vendas apresentou uma descida face ao mesmo mês do ano anterior de 37%.
Ainda segundo a AHETA, em valores acumulados, a ocupação cama regista uma descida média de -55,8% desde Janeiro e o volume de vendas uma descida de -51,3%.

Subida com ajuda dos portugueses Recorde-se que, os últimos dados do INE, apesar de ainda não mostrarem os dados relativos ao mês de setembro, mostram que o mês de agosto já contou com uma recuperação: o setor do alojamento turístico deverá ter registado 1,9 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas, o que corresponde a variações de -43,2% e -47,2%, respetivamente, avançou o gabinete de estatística no início deste mês.

Já as dormidas de residentes terão diminuído 2,4% (-30,8% em julho) e as de não residentes terão decrescido 72% (-84,5% no mês anterior).

Segundo o INE, o Alentejo terá continuado a apresentar a menor diminuição no número de dormidas, face ao mês homólogo, apresentando uma descida de 15,1%. O destaque em agosto foi para os crescimentos das dormidas de residentes no Algarve (+9,0%), Alentejo (+4,0%) e Centro (+1,1%).