Nuno Melo, Telmo Correia e Paulo Núncio subscreveram, com outras pessoas do CDS (imagina-se) uma petição, para pedir umas determinadas aulas de cidadania diferentes das actuais.
As actuais, a que eles chamam de esquerda, se não estou em erro foram determinadas por um governo de que o seu partido fez parte, chefiado por Pedro Passos Coelho. Claro que a aplicação escusava de ser tão rigorosa assim, e talvez nisso esse governo não seja responsável. De resto não sei quem em tudo isto tenha demonstrado mais cegueira e rigor no combate político: se as autoridades académicas, ou se um pai que se aproveita dos filhos seus dependentes para os lançar numa luta estranha.
Sem perceber que com a idade os filhos não são nem têm de ser nossos, são da vida e para a vida deles com as suas próprias ideias. Desengane-se quem está sempre à espera de criaturas iguais aos criadores.
Mas, além disso, é preciso dizer àqueles dirigentes do CDS que o eleitorado nunca quis dar ao seu partido maioria suficiente para definirem umas aulas de cidadania, nem definirem sequer nada. Nem sequer o que sem perceberem já definiram.