A NAV geriu 89,7 mil voos no terceiro trimestre, uma queda de 60,4% (menos 136,6 mil voos), comparando com o mesmo período do ano passado, apesar da recuperação de tráfego sentida em julho e agosto, foi esta segunda-feira divulgado.
Em comunicado, a NAV Portugal refere que, apesar da quebra de 60,4% em termos homólogos, “os números do terceiro trimestre trouxeram uma relevante melhoria face ao registado no segundo trimestre de 2020, o período mais ‘castigado’ pelo impacto da pandemia [de covid-19] na aviação”.
No segundo semestre deste ano, a NAV tinha gerido 17,9 mil voos, menos 91,4% que no mesmo período de 2019.
O prestador de serviços de navegação aérea em Portugal sublinha também que os valores registados no terceiro trimestre deste ano foram “em muito sustentados” pela recuperação de tráfego que se observou nos meses de julho e agosto, que, porém, voltou a “arrefecer” em setembro.
Em julho, a NAV controlou 25,6 mil voos, menos 66,7% que no mesmo mês de 2019, mas três vezes mais do que no mês anterior, e em agosto o total cresceu para 34,7 mil, que corresponde a uma queda de 55%.
Até setembro – e depois de em abril os voos geridos pela NAV terem caído quase 95%, para 4.018 – a tendência foi sempre de crescimento mensal, travada, porém, pela “incerteza relativamente à evolução da pandemia e a dificuldade em harmonizar políticas entre Estados em relação ao transporte aéreo”.
Em setembro, a NAV geriu 29,4 mil voos, menos do que o total de agosto e 59% abaixo do mesmo mês de 2019.
A inversão da tendência de crescimento observada em setembro foi sentida em toda a rede Eurocontrol, diz a NAV, levando à revisão em baixa das perspetivas para os próximos meses. “O recente agravamento do total de casos e a eventual imposição ou reimposição de medidas de contenção por parte dos Estados continuarão a penalizar o tráfego aéreo, além de outras atividades sociais e económicas”, refere o prestador de serviços de navegação aérea.