A Europa registou um novo recorde de infeções, 927 mil, pelo novo coronavírus, na semana passada. Os dados foram avançados pela secção europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS) na passada terça-feira. "A União Europeia continua a registar um aumento rápido nos casos e nas mortes – um aumento semenal de 25% em relação à semana anterior, contribuindo para a existência de 38% de novos casos ao nível global" pode ler-se no documento.
De acordo com a OMS, o número de mortes aumentou 29% desde a semana que compreendeu o período entre os dias 5 e 11 de outubro. Porém, a escalada do número de infetados também se verifica noutros países, "ainda que de modo mais gradual".
Sublinhe-se que França, Reino Unido, Rússia, República Checa e Itália registaram mais de metade dos novos casos na Europa, contribuindo para mais de metade dos casos reportados. O aumento mais significativo foi registado na Eslovénia, país onde os novos casos aumentaram 150% no espaço de uma semana, subindo para a totalidade de 4890 casos ativos. O governo do país decretou estado de emergência com duração de 30 dias.
No relatório estão incluídas também as denominadas "atualizações-chave da semana". Segundo a OMS, Tedros Adhanom, diretor-geral da instituição, protagonizou um dos momentos mais importantes quando, durante a conferência de imprensa de 12 de outubro, mostrou a sua preocupação relativamente à imunidade de grupo. "Nunca, na História da saúde pública, a imunidade de grupo foi usada como estratégia para responder a um surto, muito menos a uma pandemia. Tal é científica e eticamente problemático", explicou o dirigente.
O SARS-Cov-2 já infetou mais de 40 milhões de pessoas e, destas, 1,12 milhões perderam a vida.