Frederico Varandas respondeu, esta sexta-feira, a Jorge Nuno Pinto da Costa, depois de o líder do FC Porto dizer que o presidente do Sporting tinha beneficiado do ataque à Academia de Alcochete e que prestará “um grande serviço” ao clube de Alvalade no dia em que “se dedicar à medicina”.
Em declarações aos jornalistas, Varandas considerou que Pinto da Costa é um “bandido” e respondeu que no dia em que o líder do FC Porto “se retirar prestará um grande serviço ao futebol português”.
"Penso que o sr. Pinto da Costa não me respondeu por achar que não foi penálti nem por achar que foi beneficiado. O presidente do FC Porto responde porque tocámos no ponto fraco que são os valores, valores que o Sporting tem e que ele não tem. O senhor Pinto da Costa está habituado a ter do outro lado pessoas ou com telhados de vidro ou com pouca coragem que não é o caso deste Sporting. Sobre o que ele disse sobre o ataque de Alcochete, é lamentável ver Pinto da Costa a colar-se, pôr-se de lado e defender quem fez aquele ataque. Demonstra muito o que é enquanto homem e a sua índole", disse o presidente do Sporting, em declarações aos jornalistas antes da partida da equipa para os Açores, referindo-se depois ao processo Apito Dourado.
"Vi uma entrevista dele onde é questionado sobre o apito dourado. O senhor Pinto da Costa responde atirando areia para os olhos dos portugueses, dizendo que o Apito Dourado é mais um processo que em muitos portugueses são arguidos, mas que depois como não houve condenação nada de passou. Mas há um pormenor: ainda há dois dias fui ao Google e pesquisei ‘escutas Apito Dourado’ e ouvi o que todos nós ouvimos. O que eu oiço é o senhor Pinto da Costa de viva voz a dizer tudo o que disse. Pergunto a todos os comentadores e jornalistas para ouvirem aquelas escutas. E gostava de perguntar ao Pinto da Costa o que ele acha daquilo. Se as escutas podiam ser válidas ou não isso é um problema para a credibilidade da justiça. Outra coisa é aquilo que nós ouvimos e o que ele fez. Num país do primeiro mundo Pinto da Costa jamais poderia ser dirigente do que quer que fosse", acrescentou.
"Pode ter um grande sentido de humor, ser uma pessoa culturalmente acima da média e ter um currículo cheio de vitórias, mas um bandido será sempre um bandido e no final será sempre recordado como um bandido. No dia em que Pinto da Costa se retirar, ou que for obrigado a isso, prestará um grande serviço ao futebol português e irá contribuir muito para que Portugal tenha cada vez mais uma imagem de país do primeiro mundo", rematou.