O desaparecimento do médico Fernando Cuadrado continua a ser um mistério por resolver para a polícia espanhola. E agora, 30 anos depois do dia em que o Dr. Cuadrado saiu de casa, na cidade de Corunha, para ir ao supermercado e desapareceu sem deixar rasto, as autoridades voltaram a lançar fotografias do mesmo na esperança de conseguir resolver o caso e dar um desfecho à família do profissional de saúde.
As novas fotografias da polícia espanhola são uma reconstrução do rosto de Fernando Cuadrado, onde é possível ver o aspeto do homem desaparecido nos dias de hoje com 79 anos. Em declarações ao El País, um dos filhos da vítima, Fernando que tinha 3 anos na altura, afirma que o desaparecimento do pai "continua a ser uma ferida aberta" para todos os membros e que "seria um alívio" chegar a uma conclusão sobre o que realmente aconteceu naquela noite.
O médico desapareceu no dia 29 de dezembro de 1990, dia em celebrava seis anos de casamento com a sua mulher María del Carmen García. Saiu de casa com um saco na mão e duas mil pesetas (12 euros) no bolso e nunca mais regressou. Os testemunhos confusos e a falta de pistas fizeram com que as autoridades espanholas arquivassem o caso três meses depois.
Existem vários testemunhos sobre o caminho de Fernando Cuadrado nessa noite mas nenhuma que tenha levado as autoridades ao paradeiro de Fernando: O talhante disse que nunca viu o homem no supermercado nesse dia, o dono de um hostel que existia perto da habitação do médico garante ter visto o homem a regressar a casa e alguns dos seus vizinhos afirmam ter visto Cuadrado a regressar ao prédio.
O dia 29 de dezembro de 1990 foi marcado por chuvas e ventos fortes o que fez as autoridades considerarem que Fernando Cuadrado pode ter caído ao mar, que está a cerca de 100 metros da sua casa, ou mesmo ter cometido suicídio. No entanto, na época foram feitas várias buscas pelas autoridades costeiras que, tal como aos testemunhos, não levaram a lado nenhum. "Até hoje, a única coisa que sabemos é que nenhum cenário pode ser excluído”, sublinha o filho ao jornal espanhol.
"Percebemos que na altura pode ter havido pessoas que sabiam algo, que viram alguma coisa ou tinham certas informações, que por diversas razões, não as quiseram partilhar. Pedimos que agora o façam. Se tem algo importante para dizer, por favor, contacte as autoridades. Saber o que aconteceu seria muito importante para nós”, apela ainda o filho do profissional de saúde.