Uma mulher de 38 anos morreu com covid-19 quando estava a bordo de um avião da companhia Spirit Airlines que fazia a rota de Las Vegas para Dallas, nos Estados Unidos, e os passageiros nunca foram informados sobre a causa da morte.
A vítima mortal sofria de asma e, quando seguia no voo, no dia 24 de julho deste ano, começou a ter dificuldades em respirar, tendo utilizado a bomba, mas não resultou: a mulher chegou mesmo a desmaiar e a perder os sentidos por causa do esforço proveniente de manobras de reanimação realizadas por uma hospedeira de bordo.
Dada a situação, o avião da Spirit Airlines teve de fazer um desvio para Alburquerque, no estado do Novo México, onde a mulher foi assistida por médicos, mas o óbito acabou por ser declarado no aeroporto.
Segundo o jornal Washington Post, a polícia e os bombeiros foram informados, mas o departamento de saúde não. Em vez de receberem as informações através das autoridades de saúde locais, foi o laboratório que realizou o teste a comunicar os resultados. Quer isto dizer que as autoridades de saúde não investigaram o caso, nem souberam que a mulher morreu durante a viagem, ou seja, houve uma falha de comunicação com o Centro para o Controlo de Doenças e Prevenção (CDC, em inglês).
No entanto, a companhia aérea afirma que alertou a CDC sobre o ocorrido assim que se soube que a causa da morte se tratava de infeção por covid-19, mas o Centro diz que nunca foi contactado pela Spirit.
Acontece que as companhias aéreas norte-americanas só têm acesso aos dados de cerca de metade dos passageiros que seguem em cada voo – quem fizer reservas através de sites de terceiros, que não o da companhia, ou por sites de agências de viagens, não cede os dados à empresa em si.
Ora, por isso mesmo, segundo o CDC, torna-se difícil as empresas entrarem em contacto com todos os passageiros que possam ter estado no mesmo voo que uma pessoa infetada.