O Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, no distrito do Porto, confirmou, este domingo, a existência de 12 casos de legionella assim como uma vítima mortal que é um homem de 85 anos. A notícia foi avançada pela Lusa, sendo que no sábado a TVI noticiou que os infetados haviam sido transferidos do Hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos, para o da Póvoa de Varzim.
Na manhã de sábado, a instituição hospitalar ainda não havia feito quaisquer esclarecimentos à Administração Regional de Saúde do Norte nem à Direção Geral de Saúde [DGS]. No mesmo dia, foi veiculado que dos 17 infetados iniciais, dois encontrar-se-iam nos cuidados intensivos do Hospital de Pedro Hispano, dois haviam tido alta e o idoso de 85 anos acabou por perder a vida. Assim, o centro hospitalar conta com 12 infetados por esta bactéria, todos com idades compreendidas entre os 80 e os 90 anos.
"Na sequência da notícia veiculada hoje na TVI, o Município da Póvoa de Varzim vem por este meio comunicar que entrou imediatamente em contacto com a autoridade de saúde local no sentido de solicitar esclarecimentos a respeito de um possível surto de legionella no concelho", começou por explicar a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim num comunicado disponível no seu site oficial, tendo adiantado que "(…) tanto o Delegado de Saúde, como o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde (CHPVVC) declararam que, apesar de alguns dos casos estarem a ser tratados e/ou internados no nosso Centro Hospitalar, nenhum dos doentes é residente no concelho da Póvoa de Varzim".
Por outro lado, elucidou que o município continuará a acompanhar "de perto a evolução desta situação junto da DGS, de modo a apurar mais detalhes sobre o ocorrido". Ainda que a unidade hospitalar desconheça a origem do surto, garante que a DGS está a seguir o caso.
A Doença dos Legionários, um tipo de pneumonia, é provocada pela bactéria legionella pneumophila. Esta encontra-se presente no meio aquático (sistemas de água domésticos, jacuzzis, piscinas, rios, lagos) e o seu contágio não ocorre de pessoa para pessoa, mas sim por inalação de gotículas de água quente suspensas no ar. Os sintomas surgem cinco a seis dias após a inalação das gotículas e são variados, como a dor de cabeça ou os vómitos.