O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, fez mais uma afirmação polémica sobre o novo coronavírus e disse que o país "tem de deixar de ser um país de maricas", num evento sobre o turismo do país organizado pelo Governo no Palácio do Planalto. "Tudo agora é pandemia. Tem de acabar esse negócio. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. [O Brasil] tem de deixar de ser um país de maricas", disse Bolsonaro.
O chefe de Estado brasileiro dirigiu-se ainda aos jornalistas durante o seu discurso e mostrou saber que as suas palavras iam ser polémicas perante os órgãos de comunicação social. "Olha que prato cheio para a imprensa que está ali atrás", disse Bolsonaro, que acusa os jornalistas de tentarem denegriar a sua imagem perante a população. "A manchete amanhã: 'ah, Bolsonaro não tem carinho, não tem sentimento com quem morreu'. Tenho sentimento com todos que morreram. Mas [foi] sobredimensionado", frisou Bolsonaro durante o evento.
A receita do Turismo no Brasil diminuiu 33,6% entre janeiro e agosto deste ano, face ao mesmo período de 2019, segundo um levantamento divulgado no mês passado, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (FecomercioSP), a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dirigindo-se aos empresários do setor turístico, o Presidente disse que há "muita coisa que não depende" de si e atirou as culpas para o Parlamento e para os governos estaduais devido ao “excesso de normas e taxas” que se aplicam no setor.