Dona do Minipreço com prejuízo de 245,9 milhões até setembro

O grupo espanhol DIA já tinha terminado 2019 com um prejuízo de 790,5 milhões de euros. A empresa encontrava-se mesmo num processo de dissolução por falência técnica desde finais de 2018, quando o milionário russo Mikhail Fridman tomou o controlo maioritário do grupo no início de 2019.

A cadeia espanhola de supermercados DIA, dona do Minipreço, teve uma perda de 245,9 milhões de euros de janeiro a setembro, uma redução de 51,3% em relação ao ano passado, explicado em parte pelo “efeito monetário adverso”.

Segundo informação publicada esta quarta-feira na Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, 90 milhões destes "números vermelhos" são devidos ao "efeito monetário adverso" das moedas, especialmente a depreciação do real brasileiro.

O grupo aumentou as suas vendas líquidas em 2,2%, para 5194,5 milhões de euros, nos primeiros nove meses de 2020, com os estabelecimentos localizados em Espanha a subirem as suas vendas em 4,9%, tendo o maior crescimento sido registado na Argentina, (17,3%).

Do ponto de vista da empresa, destaca-se uma melhoria significativa do EBITDA (sigla em inglês usada para denominar o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que no caso de Espanha foi de 73,9 milhões de euros até setembro.

O grupo DIA (Distribuidora Internacional de Alimentação) explica que estes números compensam o aumento das despesas de funcionamento, bem como os custos derivados da covid-19.

O grupo espanhol já tinha terminado 2019 com um prejuízo de 790,5 milhões de euros. A empresa encontrava-se mesmo num processo de dissolução por falência técnica desde finais de 2018. O milionário russo Mikhail Fridman tomou o controlo maioritário do grupo no início de 2019 e iniciou, desde então, um processo de recuperação.