Mogens Jensen, ministro dinamarquês da Agricultura e Alimentação, vai renunciar ao cargo, após o governo do país ter admitido que o abate de milhões de visons não tinha bases legais.
O argumento por trás do abate era “que a mutação ameaçava a eficácia de uma futura vacina contra a doença covid-19”. No entanto, a decisão foi polémica, motivando grandes críticas dentro e fora do país.
A ação teve início no dia 6 de novembro, visando abater um total de 15 milhões de visons, tendo a mutação do vírus sido identificada também em 214 pessoas.
Já ontem dois cientistas portugueses tinham adiantado à Lusa que a mutação não apresentava um grande risco no contexto atual da pandemia. Maria João Amorim, investigadora principal do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), disse à Lusa que "não há doença mais severa e a transmissibilidade nem sequer foi [uma questão] levantada. Não me parece, para já, preocupante".
Por sua vez, Luís Graça, imunologista e professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, reconheceu o maior azo a crescentes mutações em hospedeiros animais, não acarretando ainda assim um maior risco na transmissão entre humanos.