O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou o maior investimento nas forças armadas do Reino Unido desde o fim da Guerra Fria, mas evitou questões sobre se o Governo está prestes a reduzir os gastos em ajuda internacional.
Johnson disse aos deputados que o pacote financeiro de quatro anos para o Ministério da Defesa vai "por fim à era da retirada" e vai ajudar os militares britânicos a enfrentar potenciais ameaças futuras, financiando projetos espaciais e de defesa cibernética, como uma agência de inteligência artificial.
Num discurso na Câmara dos Comuns feito por videoconferência porque está em quarentena por ter estado em contacto com um deputado infetado com a covid-19, o primeiro-ministro disse que as forças armadas vão receber mais 16,5 mil milhões de libras (18,44 mil milhões de euros) para além do que tinham prometido, totalizando 24,1 mil milhões de libras (27 mil milhões de euros) até 2025.
"Durante décadas, os governos britânicos reduziram e simplificaram o nosso orçamento de defesa, e se continuarmos assim, corremos o risco de acordar e descobrir que as nossas forças armadas, o orgulho do Reino Unido, caíram abaixo do limite mínimo da viabilidade", justificou Johnson.
Desde o fim da Guerra Fria no início dos anos 1990, que o Reino Unido, tal como muitos outros países ocidentais, cortou os gastos com defesa.