Discriminação A candidata presidencial Ana Gomes considerou “ridícula” a coima aplicada a “um deputado” que teve “mais uma vez tiradas absolutamente contrárias à democracia”, numa alusão à multa aplicada ao presidente do Chega, André Ventura. Em visita à Universidade de Évora, que conta com 1500 estudantes internacionais, Ana Gomes aproveitou a situação para aludir aos recentes acontecimentos em volta de André Ventura: “Isto é uma extraordinária riqueza para o país, mas é também uma extraordinária responsabilidade, sobretudo num momento em que vemos forças racistas e xenófobas serem encorajadas pela inação daqueles que são principais responsáveis nas instituições democráticas do país”, afirmou.
Forças racistas As críticas da militante socialista não foram só para o deputado do Chega, apontando também o dedo às instituições, que diz “não podem contemporizar com estratégias complacentes em relação a forças racistas e xenófobas que estão proibidas pela Constituição”. Ana Gomes estendeu as suas críticas a “todo o tipo de instituições, designadamente ao Ministério Público e ao Tribunal Constitucional, que legalizaram um partido como o Chega, não obstante ele, nos seus propósitos, claramente pôr em causa os objetivos da democracia política”.