A propósito do recente livro de Cristina Ferreira “Pra cima de Puta” todos nós sabemos que ao viver numa era das redes sociais, podemos estar sujeitas e sujeitos ao movimento do insulto do teclado. O barato e ignóbil, mesquinho e voraz, insulto em massa que já nos provou que pode até em muitos casos originar a morte. Aliás, quando Cristina Ferreira mostrou o título do seu livro sem revelar o seu conteúdo, mais uma vez foi assolada por um exército de insultos de onde até devem saltar as teclas de quem os escreveu.
O Bullying que é feito nas redes sociais já demonstrou ter efeitos muito graves em crianças que chegam a não ter coragem de o expor e a cometerem suicídio, sem conseguirem ver qualquer saída, sendo atacadas por uma data de perfis conhecidos e desconhecidos numa onda de raiva e desdém, que as mete ao descoberto de uma onda tóxica e pérfida de raiva sem pudor. Se a Cristina Ferreira não tivesse um forte apoio familiar, quase diria em forma de bolha, podia sucumbir às pressões das redes sociais que também fazem parte da sua vida profissional! E o problema é que é fácil, não custa dinheiro e basta aceder à internet para ir insultar a Cristina ou o José, um rapaz de 10 anos à velocidade da luz. E dessa mesma maneira sem dó nem piedade damos cabo da democracia que nos põe à disposição ferramentas tão úteis como Instagram ou o Facebook. Estragamos essas mesmas ferramentas. No caso das crianças é a vergonha que necessitam muitas vezes de perder para denunciar os seus abusadores, no caso de Cristina Ferreira aguentou, até não aguentar mais e agora em forma de livro relatar e alertar com o prefácio de Valter Hugo Mãe e um texto da minha querida amiga, a Dra. Dulce Rocha, que ninguém pode ficar indiferente a todos estes criminosos de teclado: E que das duas uma serão punidos: ou pela lei, ou pela sociedade!