por Pedro d'Anunciação
Temos de reconhecer que esta directora falou tarde, num assunto em que toda a gente (incluindo, suponho eu, que o Governo, e daí as notícias de dissonância, mas até havia uma acusação do Ministério Público) já tinha falado indignadamente, mas lá acabou por falar. Talvez seguindo o princípio de que ‘mais vale tarde, do que nunca’. Até me fez lembrar outro dito, penso que do Quino: ‘não deixes para amanhã o que podes fazer hoje’, com a seguinte conclusão: ‘amanhã sem falta começarei’.
A razão para ainda não ter dito nada à Família do acusado, segundo afirmou, foi o processo estar a decorrer em Tribunal. Uma explicação pouco inteligente, e muito esfarrapada, mas necessária depois de tanto tempo. Claro que o processo judicial não passará de uma achega nesse processo, em princípio não indispensável para a posição da directora. Mas, enfim, pode ser aceite. Mas se fosse realmente para levar até às últimas consequências, deveria ter continuado então calada sobre o assunto.
Uma tristeza esta directora, a funcionar como mais um indício do fim do poder socialista.