Primeiro-ministro britânico não vai prolongar confinamento nacional

Boris Johnson antecipa “presente de Natal”.

De forma a não impedir as reuniões familiares durante o Natal, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que iria aliviar as medidas restritivas de combate à pandemia durante a época festiva.

O alívio das restrições foi confirmado por Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro britânico, onde Johnson se encontra atualmente em isolamento, depois de ter estado com um deputado que testou positivo para a covid-19.

Boris Johnson já tinha anunciado que não pretendia prolongar o confinamento nacional além das quatro semanas, afirmando que, no dia 2 de dezembro, data em que terminam as medidas de confinamento decretadas em Inglaterra a 5 de novembro, Inglaterra regressará “a um plano de restrições locais dividido em três níveis”.

Este plano, que o primeiro-ministro irá explicar em mais detalhe hoje, voltará a aplicar os três níveis já existentes antes do confinamento, mas várias zonas serão colocadas no patamar mais alto para manter a propagação sob controlo e preservar o que foi conseguido com o confinamento.

Estas novas medidas preveem alívios como uma pausa em algumas das limitações de cariz social entre 22 e 28 de dezembro, ainda que isso esteja pendente de um acordo para um calendário semelhante com os restantes países do Reino Unido, devendo Boris Johnson entender-se com os Governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, de acordo com a televisão Sky News.

O primeiro-ministro britânico vai explicar como “vão poder ver os seus entes queridos no Natal”, deixando claro no entanto que “esta não será uma época festiva normal”, adiantou um porta-voz do executivo.

Contudo, assim que terminar o período natalício, as restrições nas regiões mais afetadas pela pandemia vão voltar a apertar e serão ainda mais duras do que as impostas em outubro em Inglaterra.

“Os esforços de todos durante as atuais restrições a nível nacional ajudaram a ter o vírus sob controlo, diminuir a sua expansão e baixar a pressão sobre o sistema público de saúde”, afirmou o porta-voz governamental, acrescentando, no entanto, que o vírus continua presente e que não aplicar restrições regionais poderia levar a um novo descontrolo da situação antes de as vacinas e os testes em massa fazerem efeito.

O documento foi discutido e aprovado ontem, durante a reunião do governo, e é apresentado hoje no parlamento.