Por muito que custe à comunidade em geral, estes têm sido dias difíceis para todos.
A mudança de rotinas mas principalmente o isolamento forçado são em si próprios geradores de problemas de saúde.
Os grupos mais idosos, mais expostos à doença, são e têm sido os mais vulneráveis.
Também é nestes grupos que têm ocorrido o maior número de mortes.
Com este estado de emergência e o recolher obrigatório sem fim à vista, o Governo acredita que o número casos – infetados e internamentos – vai diminuir.
Porém, não há prova científica de que assim seja e os médicos são cautelosos quanto à eficácia das medidas, cujos resultados a acontecer só terão impacto daqui a uma semana.
Andamos assim nesta navegação à vista sem que exista uma bola de cristal.
Neste contexto, lançar responsabilidades é um exercício sem sentido.
Uns fariam de uma forma; outros agiriam de outra.
O que há a salvaguardar é que os hospitais não entrem em colapso embora não se tenha previsto que as outras áreas da Saúde não podiam ficar para trás.
O que aconteceu com listas de atraso em consultas e cirurgias especialmente nas doenças cardiovasculares e oncológicas.
De recolher obrigatório em recolher obrigatório, o Natal vai ser apenas uma data.
Não deverão existir grandes festas em família nem espírito natalício.
É com esta realidade que teremos de saber viver.