A taxa de desemprego recuou em setembro para 7,9%, menos 0,2 pontos do que em agosto e mais 1,4 pontos que no mesmo mês de 2019, segundo dados anunciados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados provisórios apontam ainda para que a taxa de desemprego – segundo o conceito da Organização Internacional de Trabalho – tenha continuado a descer em outubro, para os 7,5%, menos 0,4 pontos percentuais que no mês precedente e que há três meses e mais 1,0 ponto percentual do que há um ano.
O INE refere também que, segundo resultados finais de setembro, a população empregada subiu 0,7% relativamente ao mês anterior e 1,7% em relação a três meses antes, mas diminuiu 2,5% face ao mesmo mês de 2019.
Para outubro, o INE estima (números provisórios) que a população empregada tenha registado uma subida de 0,3% relativamente ao mês anterior e de 1,5% em relação a três meses antes, tendo diminuído 2,1% por comparação com o mesmo mês de 2019.
Em relação à taxa de subutilização do trabalho (indicador que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego), o INE diz que em setembro atingiu os 15,4%, menos 0,1 pontos percentuais que no mês precedente e que há três meses e mais 2,7 pontos percentuais do que há um ano.
Para outubro, os dados provisórios do INE apontam para que a taxa subutilização de trabalho se tenha situado em 15,0%, menos 0,4 pontos percentuais que no mês precedente e 0,6 pontos percentuais que há três meses e mais 2,5 pontos percentuais em termos homólogos.
Desemprego jovem nos 23,9% em outubro. A taxa de desemprego dos jovens foi, por sua vez, estimada em 23,9% em outubro, a que corresponde um decréscimo de 0,4 pontos percentuais relativamente à taxa de setembro de 2020, enquanto a taxa de desemprego dos adultos foi estimada em 6,4% e também diminuiu 0,4 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Numa análise do impacto da pandemia de covid-19 nos resultados do Inquérito ao Emprego, o INE diz ser “visível nos resultados definitivos de setembro (mês central do trimestre móvel que abrange agosto, setembro e outubro), quando comparados com os valores do mês anterior (agosto), o aumento da população empregada e a diminuição da população desempregada e da população inativa”. “Em relação com três meses antes, regista-se um aumento da população empregada e da população desempregada, por oposição a uma diminuição da população inativa”, refere.
Já as estimativas provisórias de outubro, explica o INE, “revelam um aumento mensal da população empregada (15,8 mil) e da população inativa (6,2 mil), contrastando com uma diminuição da população desempregada (19,3 mil)”.
“Estas estimativas sugerem que aqueles que integravam a população desempregada em setembro e daí saíram em outubro transitaram para a população empregada (encontraram um emprego) ou para a população inativa (deixaram de cumprir, pelo menos, um dos seguintes critérios: procura ativa de emprego; disponibilidade para começar a trabalhar na semana de referência ou nas duas semanas seguintes)”, precisa.
Já relativamente à população inativa, “observou-se um aumento de 3,0 mil no número de inativos à procura de emprego, uma manutenção no de inativos disponíveis, mas que não procuram e um aumento de 3,2 mil no de outros inativos (não procuram e não estão disponíveis)”.
Para uma correta análise desta evolução, o instituto estatístico ressalva que as medidas de saúde pública tomadas desde meados de março “afetaram o normal funcionamento do mercado de trabalho e, consequentemente, as estimativas mensais de emprego e desemprego”.