A farmacêutica Moderna anunciou, esta segunda-feira, que vai requerer uma autorização urgente à FDA (Food and Drugs Administration) e à Agência Europeia de Medicamentos para poder utilizar a vacina contra o novo coronavírus, que, de acordo com os resultados finais da fase 3 dos testes clínicos, apresenta uma eficácia de 94,1%.
Assim, a Moderna torna-se na segunda farmacêutica a fazer o pedido, depois da Pfizer. "A eficácia da vacina contra a COVID-19 foi de 94,1% (185 casos de COVID-19 foram observados no grupo que tomou o placebo contra 11 dos casos observados no grupo que tomou a vacina mRNA-1273)", pode ler-se no comunicado da empresa.
A análise primária de eficácia incluiu 196 participantes com casos confirmados de coronavírus, dos quais 30 foram graves: Nestes casos a eficácia da vacina foi de 100%, destaca a empresa. "A vacina mRNA continua a ser geralmente bem tolerada, não havendo registo de casos com efeitos graves identificados até à data"; destacam ainda na nota.
“Esta análise primária positiva confirma a capacidade da nossa vacina de prevenir a doença por COVID-19 com 94,1% de eficácia e, mais importante, a capacidade em prevenir os casos graves da COVID-19. Acreditamos que a nossa vacina vai providenciar uma nova e poderosa ferramenta que permitirá mudar o rumo desta pandemia e ajudar a prevenir os casos graves, as hospitalizações e as mortes”, referiu Stéphane Bancel, Chief Executive Officer da Moderna.
As primeiras vacinas podem ser administradas já no dia 21 de dezembro, de acordo com declarações do CEO ao New York Times.É esperado que a FDA examine o pedido e que faça uma revisão final do mesmo no dia 17 de dezembro. Depois, é esperado que “os consultores tomem uma decisão dentro de 24 a 72 horas”, indica Stéphane Bancel.
A farmacêutica refere ainda que espera produzir 20 milhões de doses da vacina até ao final de dezembro e entre 500 milhões a um bilião em 2021.