Natal e Ano Novo em Itália vão ser celebrados em confinamento obrigatório

O país vai manter as restrições para evitar uma terceira vaga da pandemia

Em Itália, o recolher obrigatório vai manter-se durante o Natal e o Ano Novo, anunciou esta segunda-feira o ministro dos Assuntos Regionais italiano, Franscesco Boccia.

“É necessário comemorar o Ano Novo? Celebramos em casa. Se decidimos que há recolher obrigatório, então fica-se em casa independentemente do que houver. É preciso fazer isso”, disse o governante em entrevista ao canal de televisão Rainews.

“Acho que ninguém quer uma terceira vaga e para evitá-la é preciso continuar com rigor e distanciamento social. É difícil que haja relaxamento das regras”, adiantou, explicando que o novo decreto com medidas de combate à covid-19 para o mês de dezembro está quase terminado.

Também esta segunda-feira, Itália aprovou um novo plano de apoio à economia por causa da pandemia, o quarto desde o início do ano. Do plano constam medidas como o adiamento do pagamento de impostos para as empresas obrigadas a seguir regras mais rígidas, um apoio de mil euros para pessoas que trabalham nos setores de turismo, artes, desporto e lazer, fundos para o setor de convenções e o aumento da presença da polícia para garantir o cumprimento de medidas contra a covid-19.

O vice-ministro da Saúde, Pierpaolo Sileri, em entrevista ao jornal La Stampa, avançou ainda que no próximo decreto “os movimentos entre regiões vão ser limitados” mesmo entre regiões de risco moderado de contágio (designadas como zona amarela).

“No final de dezembro é provável que a maior parte das regiões esteja na zona amarela e, nessa altura, os almoços de Natal com [casos] positivos [de covid-19] na mesa seriam suficientes para voltar a viver um massacre”, disse. Nestes dias, manter-se-á a recomendação se não ultrapassar as seis pessoas à mesa. “Eu diria que seis [pessoas], apesar de não ser um número mágico. E que não haja mais de seis convidados diferentes em cada refeição”, sublinhou.