As primeiras vacinas contra a Covid-19 poderão chegar aos mercados até ao final deste ano. Na terça-feira, a EMA anunciou a receção dos pedidos de autorização para a comercialização das vacinas da BioNTech e Pfizer, e da Moderna. Até dia 29 de dezembro, mais tardar, será concluída a avaliação "sobre a qualidade, segurança e eficácia da vacina", caso os dados apresentados sejam "suficientemente robustos". Os prazos, justifica a EMA, "baseiam-se no tipo de dados avaliados até agora no contexto da revisão contínua e podem estar sujeitos a alterações à medida que a avaliação prossegue".
O curto espaço de tempo em que se têm processado estes pedidos, defende a EMA, deve-se ao facto de a agência ter já revisto "alguns dados sobre a vacina durante uma revisão contínua".
Agora, cabe à EMA "avaliar os dados apresentados como parte do pedido formal de autorização condicional de introdução no mercado", um trabalho que, garante, irá continuar durante o período de Natal. Em causa está a comparação entre os riscos e os benefícios associados à sua aplicação, que, em caso positivo, abrirá as portas para a emissão de uma autorização condicional de comercialização.
Emitida essa autorização, caberá à Comissão Europeia "acelerar o seu processo de tomada de decisão com vista a conceder uma autorização condicional de introdução no mercado válida em todos os Estados-membros da UE e do Espaço Económico Europeu no prazo de dias", confessa a EMA em comunicado.
Na prática, se esta autorização for feita pela EMA nas próximas semanas, os primeiros cidadãos europeus a receber a vacina poderiam ser vacinados ainda este ano.