O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, esteve reunido, esta quinta-feira, com o chef Ljubomir Stanisic e José Gouveia, dois elementos do movimento A Pão e Água, um grupo de vários empresários que está a fazer uma greve de fome à porta da Assembleia da República há sete dias para que o Governo oiça as suas propostas sobre como agir no setor da restauração numa época de crise provocada pelo novo coronavírus.
Depois da reunião, José Gouveia admitiu que, passados sete dias, tinha vontade de terminar com a greve de fome mas disse que está teria de ser uma decisão tomada em grupo. E parece que chegou mesmo ao fim: O grupo deu por terminada a ação enviando uma mensagem através da rede Whatsapp a todos os colegas de setor, a que o i teve acesso. "Vamos comer! Obrigado pelo Vosso apoio!", lê-se na mensagem que terminada assinada pelo movimento A Pão e Água.
O membro do movimento disse ainda que ficou acordado que, dentro de sete dias, existirá um novo encontro entre Medina e o grupo. "A economia não pode parar. Temos de encontrar soluções para isso. As empresas que forem encerradas têm de ter apoios e não podem esperar nem mais um dia. Essa é a realidade", disse ainda José Gouveia, citado pelo Jornal de Notícias.
No final da reunião, o autarca disse que não existirá nenhuma "guerra" entre o setor da restauração e o Governo e garantiu ter feito "um compromisso muito firme" com o grupo. "Não podemos perder o sentido de humanidade, o sentido de perceber que estamos a viver todos uma fase muito difícil e que temos todos de dar o nosso melhor, procurando soluções, não fazendo guerras", apontou ainda Medina.
Recorde-se que o grupo referiu que o protesto só termina quando for recebido pelo Primeiro-ministro ou pelo Ministro da Economia.