Os deputados argentinos aprovaram na passada sexta-feira, com 42 votos a favor e apenas 26 contra, um novo imposto sobre os mais riscos para pagar os tratamentos médicos e medidas de combate à covid-19.
Quem tiver mais de 2,5 milhões de dólares no país – é o caso de 12 mil pessoas – vai ter de pagar uma taxa única, apelidada de “imposto milionário”. O novo imposto vai afetar cerca de 0,8% dos contribuintes, estimou um dos autores da lei, e os ricos penalizados vão ter de pagar uma taxa progressiva de 3,5% sobre a riqueza na Argentina e até 5,25% sobre a riqueza no estrangeiro.
O dinheiro proveniente deste imposto, segundo a AFP, será 20% para tratamentos médicos, 20% para apoiar pequenas e médias empresas, 20% para bolsas de estudo, 15% para desenvolvimento social e 25% para apoio ao gás natural.
Tudo isto porque as medidas de contenção da pandemia postas em prática pelo governo argentino só vieram agravar a situação económica do país, que está em recessão desde 2018.
A Argentina já contabilizou mais de 1,5 milhões de infetados por covid-19 desde o início da pandemia e 40 mil óbitos, ou seja, é um dos países mais devastados pela pandemia.