As políticas de cookies da Google e da Amazon vão custar-lhes multas de 100 milhões de euros e 35 milhões de euros, respetivamente, por parte do organismo de vigilância francês, a CNIL – comissão nacional de informática e liberdade francesa.
Em comunicado, a CNIL explica que as multas se devem por os utilizadores, sem que lhes fosse fornecida “qualquer informação” ou “sem consentimento”, ao entrarem nos sites destas empresas, recebessem automaticamente ficheiros nos computadores com pedaços de informação, ou seja, cookies, para gerar publicidade nos sites que visitarem a seguir.
Desta forma, Paris vai multar a Google em 120,9 milhões de dólares, ou seja, 100 milhões de euros, e a Amazon em 42,3 milhões de dólares, ou seja, 35 milhões de euros.
A CNIL alertou que se as duas empresas não mudarem as suas práticas novas sanções serão aplicadas. O organismo relatou que mesmo quando a personalização dos anúncios deixou e existir, um dos cookies de publicidade da Google permaneceu no computador dos utilizadores, registando conteúdo para o motor de busca. Estas práticas afetaram “quase 50 milhões de utilizadores” em França.
O organismo de vigilância francês reforçou que as ações cometidas por estes gigantes norte-americanos têm de ser encaradas com “seriedade”. E apesar de tanto a Amazon, como a Google, terem alterados as suas políticas de cookies a 20 de setembro, a CNIL exige que no prazo de três meses têm de modificar as janelas de informação ao cliente, uma vez que os utilizadores não conseguem perceber a finalidade das cookies. Se não o fizerem, o organismo ameaça que podem ter de pagar 100 mil euros por cada dia de atraso.
Já em janeiro do ano passado, a CNIL multou a Google por falta de transparência, informação incorreta e falta de consentimento na publicidade personalizada, o que resultou numa coima de 50 milhões de euros.