Sem beijinho, partilha de talheres e pouco álcool: Os conselhos da DGS para um Natal mais seguro

Rui Portugal disse ainda que se a Agência Europeia do Medicamento aprovar a vacina da Pfizer na próxima segunda-feira, a primeira fase da vacinação pode começar oito dias antes do previsto. 

O subdiretor-geral da Direção-Geral da Saúde, Rui Portugal, deu aos portugueses, esta terça-feira, alguns conselhos sobre como festejar a quadra natalícia em plena pandemia mundial, na conferência de imprensa desta terça-feira.

O responsável começou por sublinhar a importância de a população cumprir as regras de restrição de circulação impostas pelo Governo, como a mobilidade e as aglomerações. Rui Portugal salienta que quem estiver infetado com covid-19 ou apresentar sintomas da doença deve cumprir com as normas estipuladas pelas autoridades de saúde e não as deve ignorar para celebrar a festividade. "Afastamento físico não significa afastamento familiar", disse o subdiretor-geral da DGS. 

O governante apela ainda à população que tente, antes e durante a quadra festiva, reduzir os contactos. Logo, caso o normal seja passar o Natal com 10 pessoas, este ano deve ponderar reduzir o número de pessoas para diminuir a possibilidade de propagação da doença.  Rui Portugal diz que o melhor este ano é passar somente a data com o agregado familiar. Caso tenha necessidade de visitar outros membros da família, deve ponderar fazê-lo no exterior e por um período breve de tempo. 

Devem evitar-se também os cumprimentos tradicionais nesta quadra, tais como abraços, beijos e cumprimentos de mão e o distanciamento social deve ser cumprido. Caso não seja possível garantir o distanciamento, a DGS diz que deve ser utilizada máscara para garantir a segurança de todos. 

Em relação à partilha de objetos, Rui Portugal diz que esta não deve acontecer. Além disso, o responsável pede às pessoas para terem atenção ao uso de substâncias como o álcool, que em excesso pode contribuir para um maior descuido. 

Rui Portugal diz ainda que espaços como cozinhas, onde normalmente estão muitas pessoas reunidas, devem ser evitados e diz que sempre que possível, as casas devem ser arejadas e as superfícies no interior desinfetadas.

Sobre os utentes que estão em lares de idosos, Rui Portugal diz que a DGS "não tem regras específicas quanto a onde os utentes devem passar a quadra natalícia" mas sublinha que é importante ter em consideração "o estado da incidência local". 

Além dos conselhos, o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, falou ainda sobre a possibilidade de a Agência Europeia do Medicamento ter anunciado, esta terça-feira, que a reunião de revisão da vacina Pfizer/BioNTech contra o novo coronavírus foi antecipada para o dia 21 de dezembro. Assim, na próxima segunda-feira a vacina pode ser aprovada para uso na União Europeia e pode começar a ser utilizada em Portugal oito dias antes do previsto. 

"A DGS tem um plano adaptável a várias circunstâncias, como a eventualidade da antecipação da aprovação da vacina para 21 de dezembro. Se tal acontecer, estaremos a pensar numa antecipação de oito dias na vacinação. Quando ela começar é fundamental continuar a cumprir as medidas restritivas, até porque a eficácia não é de 100%", afirmou o responsável. 

Questionado sobre como é que as pessoas que não estão inscritas nos centros de saúde mas fazem parte da primeira fase de vacinação podem agir para ser vacinadas, o subdiretor geral da Saúde explicou que os médicos assistentes irão identificar as pessoas que não estão inscritas e irão designá-las para o processo e diz que esta questão não preocupa as autoridades de saúde.

Rui Portugal disse ainda que atualmente existem 489 surtos ativos no país, dos quais 76 em ambiente escolar. Há um surto na região norte, quatro na zona centro, 62 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Alentejo e quatro no Algarve.