Já chovem imensas reações contra a plataforma pornográfica Pornhub. No artigo publicado pelo jornal norte-americano “The New York Times” (NYT), o jornalista Nicholas Kristof insinuou que a plataforma de vídeos sexuais disponibiliza vídeos onde aparecem menores a fazer relações sexuais, com conteúdo misógino, racista e de violação.
Passados 12 dias da publicação do artigo, o gigante da pornografia passou de 13 milhões de vídeos para quatro milhões de conteúdos nos últimos dias e decidiu implementar medidas de controlo de carregamento para a sua plataforma, como proibir os utilizadores não verificados a publicar vídeos.
As histórias contadas pelas “Crianças do Pornhub”, sendo este o título do artigo, chocaram várias pessoas no mundo.
O artigo mostrou vários exemplos daquilo que estava no site: vídeos de uma rapariga de 14 anos a ser atacada sexualmente; uma mulher, hoje com 23 anos, que foi vitima de tráfico sexual desde os nove anos e encontrou os seus vídeos dela a ser abusada; e ainda, uma mãe que encontrou 58 vídeos de sexo da sua filha, que estava desaparecida na Florida.
O Pornhub já está a sofrer consequências económicas e políticas com a polémica. As empresas de sistema de pagamentos Visa e MasterCard decidiram cortar relações comerciais com a plataforma. E o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, esteve muito atento à opinião publica e já afirmou que está a trabalhar com as autoridades para pôr fim à exploração sexual e à pornografia infantil publicada no site da empresa sediada no Canadá.
Contudo, os problemas podem não recair apenas no Pornhub, mas também noutras grandes industrias pornográficas. Várias associações de proteção de crianças estão a pedir ações judiciais contra estas plataformas.