A aplicação de telemóvel StayAway Covid para rastreamento de contactos já foi descarregada por 2,8 milhões de vezes, adiantou, esta sexta-feira, a ministra da Saúde. Por outro lado, admitiu que a introdução de códigos está aquém das expectativas.
"A aplicação StayAway Covid teve mais de 2,8 milhões de downloads e vários códigos inseridos, mas não tantos quanto gostaríamos", afirmou a governante, na audição conjunta da comissão da Saúde com a Comissão Eventual, para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.
Marta Temido destacou também os números relativos aos testes à covid-19, revelando que Portugal já fez mais de cinco milhões de rastreios desde março, mês que marca o início da epidemia no país.
"Mais de 5,1 milhões de testes foram já realizados no sistema de saúde português, numa intensa colaboração das áreas que o compõem. Uma rede que hoje conta com 128 pontos de realização de testes laboratoriais e que foi completada com testes rápidos de antigénio”, sublinhou, acrescentando: “Hoje temos um total de 81 pontos de realização de testes rápidos de antigénio".
Sobre as consultas em cuidados primários, Marta Temido afirmou que o número até outubro, 26,3 milhões, estava em linha com os dados do período homólogo do ano anterior. "É muito encorajador, na medida em que mostra a resiliência dos cuidados de saúde primários", frisou.
Antes, na sua intervenção inicial, a ministra começou por se referir ao processo de vacinação contra a covid-19 e ao reforço das agências europeias, no âmbito da agenda para a saúde durante a presidência portuguesa da UE.
A governante fez questão de sublinhar a “enorme esperança” que está depositada ao processo de vacinação, e lembrou que o Ministério trabalha nele há vários meses.
Sobre a primeira “carga simbólica” das 9.750 doses de vacina, Marta Temido vincou que o Centro Hospitalar de Lisboa Central e do Hospital de São João “podem não ser os únicos” a beneficiar dela.
“A vacinação será facultativa. Além da identificação dos profissionais de saúde que trabalhem nesses hospitais e sejam elegíveis, a vacinação depende do interesse que os próprios tenham em ser vacinados ou não”, explicou.