Sónia Tavares revoltou-se, esta terça-feira, com o abate de mais de 500 animais selvagens por parte de um grupo de caçadores, na Quinta da Torre Bela, na Azambuja. “Para cima de filhos da…! Massacre da Torre Bela – Chacinados 540 animais, não incluindo os da boina, com muita pena minha. 17-12-2020 -540 animais selvagens de médio porte não é controlo, não é desporto , é chacina”, escreveu a cantora dos The Gift na sua conta oficial de Instagram.
A publicação já recebeu milhares de gostos e reuniu vários comentários, incluindo da apreentadora Rita Ferro Rodrigues. “É tão chocante que nem consigo encontrar palavras”, pode ler-se na publicação.
Estiveram envolvidos na caça 16 caçadores, que mataram na sua maioria veados e javalis. “Conseguimos de novo! 540 animais com 16 caçadores em Portugal, um recorde numa super montaria”, congratularam-se os autores nas redes sociais.
O Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, vai realizar uma participação junto do Ministério Público sobre os acontecimentos que ocorreram no concelho da Azambuja. "Foram recolhidos fortes indícios de prática de crime contra a preservação da fauna" desde o início da investigação, logo o ICNF (ICNF) "irá proceder à suspensão imediata da licença da Zona de Caça Turística de Torrebela (nº 2491-ICNF)", pode ler-se na nota enviada às redações.
Matos Fernandes irá ainda convocar o Conselho Nacional da Caça para se realizar uma reflexão sobre a prática de montarias em Portugal. "É entendimento do Ministério que são necessárias alterações à lei para impedir que os vis acontecimentos relatados se repitam", finaliza o comunicado.
Também a Câmara da Azambuja já reagiu a esta situação em comunicado e, tal como ICNF, afirma não ter recebido “qualquer informação oficial relativamente à montaria ocorrida na Quinta da Torre Bela”, a não ser pelas redes sociais. A autarquia refere ainda que para ali se caçar a autorização deve ser dada pelo ICNF e não pela Câmara. “O Município de Azambuja já avançou com uma comunicação para o ICNF e para o Ministério da Agricultura a solicitar toda a informação sobre o ocorrido, para que estas entidades verifiquem a legalidade desta ação, assim como, a quantidade de animais abatidos e qual o destino dos mesmos”, diz a nota.