O Ministério do Ambiente informou esta quarta-feira a “suspensão imediata” da avaliação de impacte ambiental na Quinta da Torre Bela, na Azambuja, do projeto das centrais fotovoltaicas ali instaladas. Recorde-se que nesta quinta foram recentemente abatidos 540 animais, um acontecimento que tem gerado muita controvérsia.
João Pedro Matos Fernandes assinou um despacho a ordenar a “suspensão imediata do procedimento de avaliação de impacte ambiental, incluindo a consulta pública, referente às centrais fotovoltaicas do lote 18 do leilão solar de julho 2019, considerando que as referidas centrais fotovoltaicas se localizam dentro da Quinta da Torre Bela, onde ocorreu uma montaria durante a qual foram abatidos mais de 500 animais, factos que motivaram comunicação ao Ministério Público”.
O mesmo documento estabelece um prazo de 30 dias para a Agência Portuguesa do Ambiente fazer “averiguações em face dos factos ocorridos” de forma a apurar se o “Estudo de Impacte Ambiental deve ser reformulado ou aditado no âmbito do procedimento de avaliação de impacte ambiental do projeto em causa”.
Matos Fernandes afirmou, no entanto, que “não há qualquer relação” entre a construção de uma central fotovoltaica na Quinta da Torre Bela e a montaria que levou à morte de 540 animais.
“Não é possível construir uma central fotovoltaica num espaço onde existem animais de grande porte, mas não há qualquer relação entre isso e a chacina que aconteceu na semana passada”, justificou, quando falava aos jornalistas durante uma visita às obras do plano de intervenção "Mondego Mais Seguro", em Montemor-o-Velho.
O ministro sublinhou que a empresa vencedora do concurso para a construção da central “já veio condenar essa chacina”.
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