Com o arranque da vacinação no passado domingo, Portugal continua a distribuir e a iniciar a administração da vacina contra a covid-19 nos vários hospitais nesta segunda-feira. A ministra da Saúde acompanhou na manhã desta segunda-feira o começo da vacinação no Hospital Curry Cabral em Lisboa, onde confirmou a chegada da segunda remessa de vacinas.
“Portugal recebeu já a quantidade de vacinas que estava prevista nesta segunda entrega. Não fomos atingidos por esse transtorno na entrega que terá atingido outros países”, explicou a ministra da Saúde. Ao contrário de Portugal, Espanha teve alguns “problemas logísticos” reportados pela Pfizer, que fizeram atrasar o arranque da vacinação.
O diretor do Serviço de Infecciologia do Hospital Curry Cabral, Fernando Maltez, foi vacinado nesta manhã e admitiu que "esta vacinação representa um marco na história da Medicina" e ainda frisou que "foi produzida em menos de 12 meses, é um sucesso que não podemos esquecer".
Fernando Maltez aproveitou para reforçar as medidas de segurança que os cidadãos não podem ainda esquecer, ao defender que "é preciso ter uma parte importante da população imunizada (entre 60 a 70%) para termos alguma tranquilidade".
Agora, Marta Temido já está no hospital Santa Maria e em declarações aos jornalistas revelou que já foram vacinados 4.828 profissionais de saúde de centros hospitalares diferentes: os Centros Hospitalares Universitário de São João e do Porto; Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra; e ainda Centro Hospitalar de Lisboa Central e Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
“Hoje foram entregues no aeroporto de Lisboa e transportadas para os Serviços de Utilização Comum dos hospitais na região centro 50.700 doses de vacinas". As restantes doses estão destinadas à Região Autónoma dos Açores e da Madeira e ainda estão em trânsito. O transporte é da responsabilidade do próprio fornecedor.
Até ao final do dia de amanhã – quarta-feira, no máximo – Marta Temido espera ter a primeira fase de vacinação dos profissionais de saúde concluída.
Em relação aos hospitais privados, a ministra da Saúde diz que "estão todos abrangidos, independentemente da sua entidade empregadora. Termos começado no SNS tem a ver com a centralidade", mas prende-se também pelo facto de existirem muitos profissionais de saúde a trabalhar em simultâneo em vários setores. “Iremos num outro momento fazer a coleta de informação de profissionais de saúde elegíveis noutros setores”, adianta Marta Temido.
A ministra da saúde ainda espera “iniciar a vacinação ainda este ano” nos Agrupamentos dos Centros de Saúde.
Por fim, relativamente aos lares de idosos, “a estimativa é que se inicie a vacinação na primeira semana de janeiro”, admite Marta Temido. A ministra da Saúde diz que o país está dependente das condições logísticas “que são de alguma forma complexa”.