Vacina para o Covid-19

Mas não quero deixar passar o momento das primeiras vacinas sem expressar o meu apoio a um especialista que vi na TV, a sustentar ser preferível começar pelos mais idosos e vulneráveis, e deixar para depois os profissionais de saúde que se têm aguentado melhor.

Por Pedro d'Anunciação

 

Há sempre a pulular aí pela imprensa uma espécie especialmente negativa de Velhos do Restelo: Por exemplo, quando o normal seria estarmos todos a celebrar haver em tão pouco tempo vacinas pera este vírus tão complexo e difícil, não só num tempo record, mas de maneira em que Portugal consegue as vacinas suficientes, há quem prefira alertar para dramas que se aproximam e não se conhecem, que até são menos maus do que seria de esperar, talvez por a UE ter finalmente agido a tempo (outra coisa para celebrar), ou por causa deste Governo. Enfim, ele há de tudo.

No entanto há um senão que subscrevo. Compreendo que em época difícil de luta devemos apoiar sem fissuras as autoridades, e só depois falar – quando até é mais fácil. Mas não quero deixar passar o momento das primeiras vacinas sem expressar o meu apoio a um especialista que vi na TV, a sustentar ser preferível começar pelos mais idosos e vulneráveis, e deixar para depois os profissionais de saúde que se têm aguentado melhor. Alguns países fizeram-no e foi lindo de ver as imagens nas TVs.

Portugal também já está a preparar a procura de lares de idosos para as vacinas. E ao menos não foi na treta de avançar com os políticos, com a desculpa de dar o exemplo aos cépticos.