por Pedro d'Anunciação
Quase todas as figuras que ignoraram a morte do ucraniano Ihor Homeniuk no SEF do Aeroporto (com ressalva para as jornalistas que primeiro trataram do caso e não o largaram mais) exigem agora o sangue de todas as demissões. E quanto pior estiveram no seu esquecimento imperdoável, mais querem as demissões. Seguindo o velho princípio de que o pior defeito é o que nós próprios temos.
Será que tencionam demitir-se todos estes distraídos?
Claro que eu percebo não ser necessária uma culpa directa em democracia. Simplesmente, às vezes devem decidir-se demissões, apenas pelo azar de se estar no caminho.
Mas é bom que a democracia saiba ignorar estas vozes, premiar quem fez alguma coisa, e atacar quem não o fez. E deixar que alguém faça.