A justiça dos Estados Unidos da América acredita que o ataque ao Capitólio, no passado dia 6 de janeiro, enquanto o Congresso certificava a vitória de Joe Biden, tinha como objetivo "capturar e assassinar funcionários eleitos", de acordo com documentos oficiais.
As declarações foram feitas durante uma audição judicial que pedia a continuação da detenção de Jacob Chansley, um dos apoiantes de Donald Trump. "Há fortes evidências, incluindo as palavras e ações de Chansley no Capitólio, de que a intenção dos manifestantes no Capitólio era capturar e assassinar funcionários eleitos dos Estados Unidos", lê-se no documento, citado pela agência Lusa.
Jacob Chansley — o homem que apareceu no Capitólio vestido com um traje de xamã — terá deixado uma nota no Senado, no qual se lia "Isto não é só uma questão de tempo, a justiça vai chegar". Os procuradores detetaram também a presença de vários membros atuais ou antigos das Forças Armadas, que detetaram táticas de guerrilha no ataque ao Capitólio. Foram ainda detidos polícias e militares.
Chansley, de 33 anos, pediu esta sexta-feira perdão presidencial, alegando que "apenas estava a responder ao pedido de Donald Trump".
Recorde-se que cinco pessoas e várias ficaram feridas nos confrontos de 6 de janeiro. Já foram abertos mais de 170 processos relativos ao caso e pelo menos 70 invasores já foram detidos e acusados,.