Nova variante da África do Sul detetada em Portugal

O caso identificado no país, através da sequenciação genómica, já foi reportado pela INSA às autoridades de saúde, que estão de momento “a realizar as devidas diligências para o rápido rastreio de contactos e interrupção da potencial cadeia de transmissão”, referiu o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge. 

O Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) identificou o primeiro caso, em Portugal, da nova variante genética da África do Sul, segundo a agência Lusa.  

O caso identificado no país, através da sequenciação genómica, já foi reportado pela INSA às autoridades de saúde, que estão de momento “a realizar as devidas diligências para o rápido rastreio de contactos e interrupção da potencial cadeia de transmissão", referiu o INSA.

De acordo com os cientistas sul-africanos, os dados analisados até agora não provaram que a nova variante do SARS-coV-2 detetada na África do Sul, denominada 501Y.V2, não conduz a uma maior taxa de morbilidade, apesar de o aumento da pressão do sistema de saúde possa ser a razão do maior número de mortes.

Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver, em parceria com o Instituto Gulbenkian de Ciência e com a cooperação de mais de 65 laboratórios, hospitais e instituições do país, um estudo que visa estabelecer os perfis mutacionais do SARS-coV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão, assim como a identificação de novas entradas do vírus em Portugal.

Segundo a investigação dos cientistas sul-africanos, a nova variante do SARS-coV-2 consegue espalhar-se 50% mais rápido e os anticorpos naturais são menos eficientes, ou seja, não consegue provocar doenças mais graves.

"Há limitações sobre o que podemos ver num laboratório, por isso temos de esperar pelos dados dos ensaios clínicos para compreender a gravidade da resistência das novas variantes às vacinas", disse a professora Penny More, do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis, numa reunião de especialistas liderada pelo ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize, citada pela agência noticiosa Efe.

Apesar de o vírus “estar a adaptar”, os cientistas explicam que isto "não significa que as vacinas não funcionem", justificando que estas são complexas e podem provocar múltiplos tipos de imunidade.