Célia Paulo, enfermeira de 49 anos que exercia funções no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, foi encontrada morta esta sexta-feira. Em primeira instância, o jornal Expresso apurou, junto de fonte da investigação, que o cadáver terá sido encontrado perto do local de residência da profissional de saúde. À sua vez, o Correio da Manhã adiantou que este terá sido descoberto na arrecadação da casa.
É de recordar que o alerta do desaparecimento foi dado pela família através das redes sociais. Ao Expresso, uma amiga, Graça Lopes, contou que Célia Paulo cumpria horários exigentes, trabalhando na instituição hospitalar anteriormente referida e também no SAMS, no departamento de ginecologia. Era divorciada e tinha três filhos adolescentes. "Andava cansada, exausta, próxima de um 'burn out'", explicitou a amiga.
Importa referir que, ao Jornal de Notícias, a Bastonária de Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, lamentou a morte de Célia Paulo e confirmou que esta apresentava sinais de cansaço extremo há alguns meses. "Tinha infelizmente, como muitos outros enfermeiros, horas de trabalho a mais. Tinha problemas associados à exaustão, stress e trabalho e deveria ter sido mais ajudada por todos nós", declarou, acrescentando que a profissional teria "relações disruptivas com a chefe de serviço e outros colegas".
É de realçar que a enfermeira terá desaparecido depois de sair, pelas 15h30, de casa para ir trabalhar. A Procuradoria-Geral da República confirmou que existe um inquérito sobre o caso.