Em Portugal o Governo tem de decidir tudo, e mesmo assim, arrisca-se bastante. Estou a pensar nos confinamentos e no Natal. Todos vimos a generalidade dos partidos opor-se ao confinamento, e defender um Natal mais solto. Mas agora, é como se fosse tudo distinto.
Esqueçamos os partidos que querem aproveitar as regras da democracia, para fazerem oposição de qualquer forma e à força.
Os portugueses em geral também precisam que o Governo os oriente rigidamente. Parece que Eça de Queirós tinha razão relativamente a nós, quando dizia que ‘a consciência é o medo da Polícia’.
Pensar que os portugueses seriam cuidadosos por si no Natal, é uma loucura. Basta ver a quantidade de gente que se quis despedir de antes do confinamento, antes de entrarem em vigor as normas mais duras, contribuindo assim para os piores cenários de Pandemia em Portugal.
No Natal, podemos achar que os mais cuidadosos terão sido os que fizeram os testes em cima de hora, porque não sabiam (o Governo esquecera-se de dizer isso, ou não foi bem ouvido quando o disse) que havia prazos de encubação, em que a doença não se manifesta sequer nos testes.
Pelos vistos, não são só os empresários portugueses a viverem agarrados ao Executivo. Somos praticamente todos.