Francisco Ramos, o polémico designado para fazer os planos de vacinação, acabou por aceitar que passem a prioritários os mais altos cargos políticos, os bombeiros e o pessoal das Forças Armadas, segundo tardia proposta da DGS. De resto, mostra-se de uma imensa mansidão, a aceitar todas as propostas que parecem ter apoio do Governo. Depois de ter sido bem explicada a razão de os altos cargos políticos serem vacinados prioritariamente, é bom que o sejam. Só tenho pena de ver alguns actuais cargos políticos, andarem sempre atrás das oposições, e não serem capazes de arriscar a impopularidade de medidas necessárias (como seria o confinamento no Natal), a que ouvi muito boa gente da Oposição opor-se logo, quando se pensava que o Executivo iria por aí.
E a pató da DGS parece andar coladinha aos políticos em exercício, muito mais do que lhe conviria. De tal modo, que não deverá ter nem o respeito deles, nem dos opositores (mesmo os que preferem criticar os políticos em exercício).
Quanto aos bombeiros e às Forças Armadas, seria bom ver quem está a justificar prioridades. Os mais velhos, felizmente, parece já terem sido acolhidos, embora tarde e más horas. Mas falta ainda um grupo importante: o de toda a gente que está a garantir serviços essenciais, como nos supermercados, mercearias, autocarros públicos, etc.
Quanto aos políticos que acham não dever ter prioridades, não mereçam mesmo essas prioridades. Como talvez nem merecessem ser políticos. Até por não terem percebido ainda não ser esta a hora nem este o motivo de fazer oposições. Pior só os autarcas que aproveitam desculpas para passarem à frente de toda a gente, abusando do seu Poder.